"Vai chover, só não sabemos quando." Ele disse logo após ocorrer -me o mesmo pensamento, à pesar do céu claro e de poucas nuvens.
Era um dos poucos momentos em que dava para esquecer que tinha nojo dele, quando dizia do tempo ou eu lembrava o quanto desenhava.
E na tarde do terceiro dia de espera, o tempo fechou. Era o início de Agosto, Julho fora poeirento. E o vento, como que ofendido, ameaçava -nos. Frio, forte. Quase um corpo palpável de carne e ossos. E não choveu.
O tempo estava como que deliciando -se nas preliminares. Adiando o gozo.
O dia seguinte amanheceu um tanto mais abafado. O vento já nos perdoara e agora era quente. Como um amante, exitou -nos à fúria e agora, mais romântico, prosseguia calmo e caloroso.
A penetração deu -se com uma pequena garoa, ainda de manhãzinha. O orgasmo da tempestade deve esperar. Eu nem o tempo queremos pressa
As ideias também fazem sexo.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Nuvens nas preliminares
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