As ideias também fazem sexo.

As ideias também fazem sexo.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cor

Por favor dê-me algo para ocupar. Vocês e seus remédios, a senhora dona da sanidade apenas tirava a cor que inexistia. Ou não era real? Cinza. Cor -de -cinza.
                     Cor -de -rosa
                     Cor -de -inércia
                     Cor de inexistência

Sentido, você pensa até o fim?

Você pensa até o fim?  Eles so querem sentido. "Dê sentido a eles, moça." Não faz sentido. Eu penso até o fim. O que é o fim para eles? Fadas madrinhas não existem. Ninguém irá responder às perguntas!  "Você é bonita demais para tantas perguntas.  Olhando assim, nem parece dona de tantas interrogações." Para o cu de Lúcifer vocês e seus sentidos perfeitos e pré -destinados.

Agradecimentos ao 23/2

Obrigado por durar mais um 23/2. A inspiração é sempre noturna? - vejo -a perguntando -me - Não, acredito que seja em grande parte sua, a contradição é sempre observada.
Pode não parecer.  Sei que não parece nem aparece, mas lembro -me de cada nuance da aura daquele ser -ainda acredito, na sua inexistência ou minha imensurável sorte; inacreditável-. Apenas monstros são tão magníficos.
Sinto falta das manhãs em que acordava emaranhado com esse monstro. Agora, a cada instante só,  pergunto-me quando acordaremos novamente. Sem nossa eterna contagem regressiva.
Mais uma vez,  agradeço aos deuses, minha sorte, ou delírio, - a péssima clínica psiquiátrica em que internaram -me - e ao monstro,  por sobreviver a mais um 23/2.

Destruir você

"Desisto de destruir você." Ela me disse naquela noite roxa. Acreditei. Se mentisse, não me importaria. Ela era o sentido, a vida, eu, apenas boiava -como merda- inércia? confiança.  Sabia que não deveria mas não me importo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Realidade e contradição

Você não existe, não é? tudo bem. Eu sempre soube. ficar aqui, parado, olhando para você me faz ficar em branco, Mas eu sempre soube que era utopia essa sua pele perfeitamente preenchida: "Céus! a senhora melanina fez o melhor trabalho em você!" diz minha cabeça de lua e minha caixa de neurônios. Nunca as vi entrando em acordo antes. Eu deveria dizer que isso é a harmonia perfeita. Mas não pode ser real. Não existe você, harmonia, sentido ou recorrência. Nunca fui harmônico, isso para mim é caos. " Cada um com suas contradições" disse -me essa semana. Sim. Eu tenho você, então, existem economistas comunistas, anarquistas militares, policiais corruptos, pobres de direita, poetas sem dor, rima sem sonoridade, lua de mel sem amor e liberdade encarcerada.

Sejamos realistas, convenhamos que esses seus olhos minúsculos são maiores que o comum e que olhá -los desvendam -me sempre um novo fascínio eles mudam de cor tantas vezes ao dia que nem lembro -me de contar. E que ninguém arranjaria tanto tempo de vida para quebrar tantos ossos, fazer tantos esportes e ainda ter um cérebro tão bem instruído, um caráter tão bem formado e um brilho tão cativante. Você é um enigma que não me importo se não desvendar, quero admirá -lo e conhecê -lo.

Tantas contradições em você. Sempre soube que não era real. Como seria possível alguém com defeitos tão libidinosos? a perfeição só existe na minha cabeça. Você nunca existiu fora de meus domínios. Contradições em mim  se resumem a você, a maior delas. Eu, que procuro a praticidade e realidade sou desarmado pela sua utopia. Entrego -me. "Você é meu!" sou seu.




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Abelhas ouvintes?

Dói. Sim. Você tem para quem admitir a dor? É difícil isso. Existe o medo do fracasso, a solidão, essa distância desgraçada, o odiável lugar onde vivo. Todos reclamamos de pessoas, eu sei, cliché. Entretanto, aqui, o ódio é recíproco e velado, me irrita, enoja. Quero brigar com você agora, matar ou morrer, ódio em alto e bom som, bom tom, bons golpes. Limpeza e clareza.

O confronto, esta noite, me é dado por parte da chuva, que cai fria e violentamente, o vento está zangado. Ela cai e chora comigo e por mim,as lágrimas que meus canais lacrimais são incapazes de produzir. Eu posso te ouvir. Você pode me ouvir agora?

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Azul conto de fadas sem espinhos

Te aturar um ano me fez viver melhor. Ter uma âncora me faz bem. Eu preciso. Ter alguém q tolera minha loucura, minhas viagens. Você me dá segurança, liberdade, para me entregar. Obrigada. Por deixar que te ame, por me fazer querer isso.

Vi suas manias em mim. Vi minhas manias em você. Vi manias que não sabia,  se eram suas,  se eram minhas; eram nossas.

O tempo foi pouco. Assim será por tempos. Não foi o suficiente - algum dia será? - contudo, pude perceber nossas diferenças. Meu cérebro,  meu corpo, minha alma, te querem mais - devia ser o contrário? É o que dizem - vale a pena.

Vale a pena toda a dor da distância e do tempo que insiste em se zangar, não passar, não deixar que eu te veja agora - que esmaga e como ácido, mastiga minhas entranhas - vale a pena o dia, a noite de ansiedade, esperando uma ligação sem hora, as noites mal dormidas, preocupadas, apertadas, corroídas. Todo dia de espera. Você vale tudo. Vale você, meu infinito particular, tudo, universo -fascínio-.

Eu amo você
Amo amar
Você
Amo ser mimada
E amada
Por você
Amo cada partícula sua - mesmo as mais densas, pesadas -
Amo sua loucura.
Amo quando você canta
Amo o modo como me diz o que pensa
O modo como pensa
Como age
Como me ama

Sem Fim
Sem pontos
Sem pontos finais

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Vaidade e riscos de fotossíntese

Era uma bela árvore.  Linda, frondosa, forte, na calçada ( chegava a quebra -la com suas raízes) chamou -me atenção.  Comecei a puxar assunto.

Mostrou - se vaidosa. Perguntei como era ter tão fortes raízes. Era visível,  mesmo no tronco dela, viamo -nas cortadas ( e no chão,  era perfeito círculo,  pareciam ser podadas com o tempo). Era belo e sôfrego (Que beleza não dói?).

Quis então saber, qual seria sua preferência,  raízes livres ou a observação e admiração humana. Ela prefere raízes mutiladas. Sente que cada carro que passa agracia-lhe com seu carbono,  pensa que é um incentivo para continuar frondosa, bela. Se tem admiração até dos carros, porquê sairia de lá?

Havia em suas raízes lixo, vidro quebrado,  mesmo assim, não importava -se, era a miséria humana, gostava de apreciar aquilo, sendo objeto de embelezamento. Sente -se grata em embelezar algo tão decadente

Também agradece o fato de ter sobrado, ao seu redor, são observáveis cicatrizes de ex árvores (agora não devem passar de entulho). Ela diz que sua beleza a salvou.

Raízes livres,  mesmo em liberdade,  não fariam sentido, ainda estaria em risco.

Meias

Desculpe -me

Pelas noites mal dormidas
As maçãs mal comidas
As roupas mal vestidas

As meias trocadas

Os dias mal iluminados
Dentro da alma
Dentro do ser
Dentro do cérebro
Dentro do órgão pulsante
coração


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Arco- íris serial killer

Dói tanto quanto um arco-íris esfaqueando meu cérebro."So qero sexo e algumas alucinações" dizia-me sempre que preocupava -me em perdê-la .

Ela sabia que as palavras se perdiam em minhas mãos "Esse é o peso de carregar a alma nas costas?"

Eu gostava de ser. Agora, acho que me perdi no mundo real, ele é assustador porque as pessoas se fazem assim para não admitir que também gostam (gostaram e gostariam) de ser. A realidade não nos permite ser real? Acho que perdemos a maturidade com o passar do tempo.