As ideias também fazem sexo.

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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Vaidade e riscos de fotossíntese

Era uma bela árvore.  Linda, frondosa, forte, na calçada ( chegava a quebra -la com suas raízes) chamou -me atenção.  Comecei a puxar assunto.

Mostrou - se vaidosa. Perguntei como era ter tão fortes raízes. Era visível,  mesmo no tronco dela, viamo -nas cortadas ( e no chão,  era perfeito círculo,  pareciam ser podadas com o tempo). Era belo e sôfrego (Que beleza não dói?).

Quis então saber, qual seria sua preferência,  raízes livres ou a observação e admiração humana. Ela prefere raízes mutiladas. Sente que cada carro que passa agracia-lhe com seu carbono,  pensa que é um incentivo para continuar frondosa, bela. Se tem admiração até dos carros, porquê sairia de lá?

Havia em suas raízes lixo, vidro quebrado,  mesmo assim, não importava -se, era a miséria humana, gostava de apreciar aquilo, sendo objeto de embelezamento. Sente -se grata em embelezar algo tão decadente

Também agradece o fato de ter sobrado, ao seu redor, são observáveis cicatrizes de ex árvores (agora não devem passar de entulho). Ela diz que sua beleza a salvou.

Raízes livres,  mesmo em liberdade,  não fariam sentido, ainda estaria em risco.

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