As ideias também fazem sexo.

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sexta-feira, 31 de março de 2017

Morte do conto de fadas

"Quase me sinto envergonhada por dizer que isso é belo." Mania (?) de gostar do estranho. Como pretende ganhar a vida com isso? Acho que não tem futuro. "Eu também."
Real problema é que não percebem a relatividade da beleza. A mídia mostra um belo inexistente!  (Matei uma fada? Um conto inteiro? Um boneco humano, talvez?). Esse conceito é tão partucular que as pessoas não percebem.
Não são reprimidos apenas os considerados feios, mas também eu, quase me falta coragem para admitir -me sob sua hipnose.
"Nada há de novo." Há, mas, escondido está e permanecerá. É difícil a aceitação do diferente e inovador. Dizem querer criações mas não dão liberdade ao criador ou atenção à cria.''
Quase me envergonharia por você se não fosse suficiente ocupado pela vergonha de admitir minha percepção de belo.

Ruas de seus ETs

Acordada pelos gritos da fumaça de seu cigarro. "O mar é bílis". "Gosto de mar na boca", gritam minhas papilas. Deixamos a cidade tão podre quanto as pessoas.
"Qual o sentido da dor?" Fica ao norte de sí. O vácuo disse a mim que a vida não tem sentido para que tivéssemos o direito.
Latas e garrafas espalhadas pelas ruas de sí mesmo. Sou planeta e universo com ETs.
Mas
eu não fumo
nem
existo

quinta-feira, 16 de março de 2017

Derramamento de eco

Injetei esse ácido corrosivo em suas artérias. Ela que tanto se derrama .Ouvi dizer que era seca!. Não é. Talvez a mate.
Sempre perdendo e reconstituindo membros. Não sabem que não vou morrer assim se não quiser. Só sabem que dói.
E a chuva de silêncio. Nunca disse que azul é cor primária. Nunca diria. Não sabe o motivo de tanto derramamento de sí. Procure seus pés. Está mais certo de quem morreu de cansaço nessa última estabilidade?
Essa tv nunca teve controle remoto. Vamos escolher verduras em prateleiras. Não deixe suas pegadas no quarto do eco.

Decisão verminosa

Desceu do avião e descidiu que devia parar. E parou. E parou de andar. E todas aquelas pessoas o insultaram. E com o tempo, também as malas. E "eu não sabia que Lispector era achada louca."
Segurancas o tiraram de lá e ele soube que não era hora de voltar ao corpo. Decidiu pela decisão e ficou onde fora jogado.
E não importa que à noite ratos roam meus dedos. Não voltarei hoje. Não importa a mim quantos vermes existem naquela ferida da perna.
Apodreci. Não é interessante o quanto veja daqui aquele organismo vivo e podre. E dentro dele o meu. E minha mente. E ela cheia de vermes. Enojei -mas da carcaça. E da bolha que a abriga.