As ideias também fazem sexo.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A avó

  Sentou -se. Sufocou -se. Engasgou -se. Palavras não ditas. Observou as cortinas da janela da cozinha. Eram quase a definição da dona. Apertou com mais força a cadeira.  Lágrimas brotavam. Não sabia mais quem era. Perdera a identidade naquele caixão. O vazio do orgulho pressionava seu ser. Cruel. Dizer amor ao cadáver teve gosto de nada e lágrimas. Sempre amei esta mulher.  "Sempre amei esta mulher! " berrou. Caiu de joelhos no chão da cozinha. Onde a encontrara. O cheiro da avó ainda pela casa.

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