Criou coragem por uma semana e admitiu -me, achava -se doente. Não, não que estivesse mesmo, nada fizera para comprovar, mas imaginava- se, pensava que talvez estivesse.
Sentia -se tremendamente cansada, a todo segundo, vinha o sono, a preguiça a matava. Não aguentava mais o próprio corpo. Quetia rasgar -se e virar vento.
Tinha alguma experiência com suas psiquiatras, terapeutas e psicologas. Pesquisara muito seus sintomas. Entendia um pouco. Não queria admitir -se deprimida, mas era real. Tinha medo de inutilizar -se. Lutava com todos os cacos que sobravam, mas a doença apenas a consumia mais.
Apenas abria -se comigo. Seu amigo virtual. Era o tipo de pessoa que mostrava -se rocha, muralha onde os outros apoiavam-se. Comigo, era uma amiga. Nos sustentava -mos, um equilibrava -se no e ao outro. Entretanto, entendo que nem tudo contava, não queria chatear com a tristeza constante.
Eu também, triste crônico. Sempre senti demais. A vida não é gentil com quem sente demais.
O que a derrubava era não ter forças para o estudo. Sentia que todos seus sonhos estavam presos e ela não conseguia quebrar a prisão. Pensava constantemente em explodir a masmorra. Se fizesse isso, ela morreria, mas os sonhos, libertariam -se.
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