Era madrugada. Não tínhamos dormido. Ela começou a me dizer de tudo que haviam feito com ela, coleguinhas a trancaram num baú aos 6 anos, a melhor amiga inventou q estava grávida, um cara q nunca tinha visto dizia tê -la "comido".
Uma a uma as decepções q se lembrava do ano, foi me dizendo. Eu amei cada segundo daquela noite.
"Então, eu estava na escola, era o dia da apresentação de um trabalho, eu tinha de entregar uma foto de alguém tinha alguma importância, e dizer o motivo. Lembrei -me disso no último segundo, fiz a mulher do transporte esperar, corri, peguei a foto que havia deixado pronta na noite anterior, meti -a na jaqueta, num bolso qualquer. Então, cheguei, todos aqueles tijolos me lembravam que merda era aquele lugar, aquelas pessoas.
Não sei como, fui parar no último andar. Era deserto. Comecei a pensar e odiar cada segundo naquele andar. Odiava pensar, ainda mais, sobre minha vida. Sentei -me á beira da janela do banheiro...
Uma bela palavra me beijava a língua, eu a saboreava, como minha última, talvez. Suicídio, era seu nome.
Então, senti aquele papel me encomodando, na veste. A foto. Pensei que talvez, houvesse esperança, Amanda, pensei que previsava te ver mais uma vez. Você, é a irmã que nunca tive, mas sempre quis. Quero que fique com a foto."
Hoje, ela me evita. Tudo bem, eu espero.
Amei cada segundo daquela noite. Cada instante daquelas férias. Eu amo ter vivido isso. Eu espero. Eu amo. Débora.
As ideias também fazem sexo.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Débora
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