As ideias também fazem sexo.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Débora

 Era madrugada. Não tínhamos dormido.  Ela começou a me dizer de tudo que haviam feito com ela, coleguinhas a trancaram num baú aos 6 anos, a melhor amiga inventou q estava grávida, um cara q nunca tinha visto dizia tê -la "comido".
Uma a uma as decepções q se lembrava do ano,  foi me dizendo. Eu amei cada segundo daquela noite.
"Então,  eu estava na escola,  era o dia da apresentação de um trabalho,  eu tinha de entregar uma foto de alguém tinha alguma importância,  e dizer o motivo. Lembrei -me disso no último segundo,  fiz a mulher do transporte esperar,  corri,  peguei a foto que havia deixado pronta na noite anterior,  meti -a na jaqueta, num bolso qualquer. Então, cheguei, todos aqueles tijolos me lembravam que merda era aquele lugar,  aquelas pessoas.
Não sei como, fui parar no último andar. Era deserto. Comecei a pensar e odiar cada segundo naquele andar. Odiava pensar, ainda mais,  sobre minha vida. Sentei -me á beira da janela do banheiro...
Uma bela palavra me beijava a língua, eu a saboreava,  como minha última, talvez. Suicídio, era seu nome.
  Então, senti aquele papel me encomodando, na veste.  A foto. Pensei que talvez, houvesse esperança,  Amanda, pensei que previsava te ver mais uma vez. Você,  é a irmã que nunca tive,  mas sempre quis. Quero que fique com a foto."
Hoje,  ela me evita. Tudo bem, eu espero.
Amei cada segundo daquela noite.  Cada instante daquelas férias. Eu amo ter vivido isso. Eu espero. Eu amo. Débora.

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