As ideias também fazem sexo.

As ideias também fazem sexo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A gordura que não me amo

Talvez, nunca tenha sentido -me pior comigo.
Nunca me senti tão gorda, flácida, travada. E olha! Fiz 16 semana passada.
Sei que não estou enorme, entretanto, sinto -me obesa para meu tipo corporal e histórico esbelto. Perguntaram - me se acaso o meu tipo (como gosto de chamar, Marylin Monroe) fosse pregado pela mídia... e o fim da frase, já batida, cliché, vocês sabem. Não,  eu não tentaria me mudar. Estaria bem feliz, acomodada e exibida.
Até o namorado, logicamente,  gostaria mais de mim, de sair comigo. Ele não cobra nada (diretamente) às vezes, sinto -me culpada. Ele é lindo, definido, arranca olhares e suspiros por onde passa. Não preciso mentir. Já pensei em terminar por isso, por frequentemente, sentir -me imprópria. Sentir que ele merece alguém melhor, mais esforçada.
Comecei uma dieta, mas não tenho tempo para o exercício físico. Era magra, de forma que os nove quilos excedentes não se fazem notáveis, mesmo pelo hábito de não vestir nada rente ao corpo. Minhas amigas ainda me acham magra, "chapada", mas sei que não estou, e isso,  não posso esconder dele, que me vê despida.
Dói não ser o suficiente. Dói que ele não entenda que suas "brincadeiras saudáveis", mesmo que eu grite, não são saudáveis. Dói que eu não me ame como antes.
Maçã apodrecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário